quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O propósito de ponderar sobre a morte a impermanência é inverter a tendência perniciosa da mente humana de observar tudo como sendo mais estável do que realmente é. As pessoas jovens não consideram o envelhecimento de maneira séria; as pessoas saudáveis não levam a doença a sério. [...] Tendemos a nos agarrar a uma visão de mundo na qual a morte e a doença são para as outras pessoas.Você morrerá, mas eu não, pelos menos por um longo tempo. Nosso sentido não observado de imortalidade se associa às oito preocupações mundanas para moldar a hipótese de que a morte está tão distante no futuro que é funcionalmente irrelevante.A intenção da segunda das quatro meditações discursivas, a impermanência, é neutralizar esta suposição não examinada da nossa própria imortalidade.O Buda ensinou que tudo que está condicionado é impermanente. Mesmo num nível sutil, tudo está em movimento constante. Tudo que ascender a uma alta posição cairá para uma posição mais baixa; tudo que se juntar, ficará separado; tudo que for ganho, será perdido e tudo que for criado, será destruído. Estas são verdades universais. Qualquer situação que dependa de condições passará. Isto inclui relacionamentos, posses e nossos próprios corpos.Quando examinamos nossa própria impermanência, tendemos a nos agarrar às coisas boas que surgem. Apoiamo-nos em pessoas boas, na família, em bens materiais, tentando criar um ambiente confortável. Então, nos agarramos a uma vida agradável.Isto é chamado de apego, e quando nos estabelecemos neste padrão de apego, só pode acontecer uma de duas coisas: ou o objeto do apego desaparecerá ou nós desapareceremos. Não existe uma terceira possibilidade. Não importa se somos especialistas naquele apego, uma vida dominada pelo apego continua regida pela lei da impermanência.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009